Valter Pereira da Silva Celivaldo Pereira do Carmo
Na tarde desta quarta-feira, 3, a Polícia Civil de Jacobina apresentou mais dois acusados da morte do vereador João Souza Reis, o João de Quinho, morto no dia 1° de dezembro de 2009. Os dois acusados, Celivaldo Pereira do Carmo, 40 anos, vulgo “Bode”, residente no município de Várzea da Roça e seu primo Valter Pereira da Silva, 41 anos, apelidado de “Valtinho”, residente no Ramal, município de Quixabeira, confessaram ter participado da morte do vereador.
Em entrevista coletiva à imprensa local, o delegado Henrique Morais disse que, além dos dois homens presos, um terceiro elemento, identificado como Eduardo Cerqueira, vulgo “Budunga”, que conseguiu fugir do cerco policial, teria participando do crime, inclusive sendo apontado por “Bode” e “Valtinho” como o autor do disparo que matou o vereador.
Segundo o delegado, “Budunga” é natural do interior do município de Várzea da Roça, mas costuma ir com frequência a Salvador, onde supostamente já responderia por mais outros dois crimes de homicídio.
Durante a apresentação a imprensa, “Valtinho” e “Bode” confessaram participação no crime. Se dizendo arrependidos, eles disseram que foram contratados por José da Silva (Zé Ito) que, juntamente com seu irmão Alexandre da Silva (Dandy), está preso no Complexo Policial de Jacobina.
Os dois acusados contaram que receberam 2 mil reais para executar o crime. A arma utilizada para matar o vereador João de Quinho, uma espingarda calibre 12, com capacidade para um tiro, foi encontrada debaixo de uma cama na residência de “Valtinho” no povoado de Ramal de Quixabeira.
Também teria sido “Valtinho” o responsável por atrair o vereador João de Quinho até o local do crime. Em sua confissão, ele afirma que primeiro ligou para um telefone público, e depois telefonou para a residência do vereador, afirmando que tinha três garrotes para vender, marcando um encontro no local onde foi armada a emboscada. Eles também confessaram que o crime começou a ser articulado no mês de agosto.
Na opinião do delegado Henrique Morais, com a apreensão da arma do crime e as prisões desses dois acusados, a morte do vereador João de Quinho está elucidada. “Temos os mandantes, os intermediadores e os executores do crime. Na minha ótica, esse crime já está elucidado”, observou o delegado.
Questionado pelos repórteres se os novos fatos não poderiam influenciar numa possível soltura dos vereadores Lourivaldo Anjos dos Santos, Ronaldo Alves de Oliveira e Jonas Pereira de Souza que estão presos desde o último dia 7 de abril como suspeitos de serem os mandantes do crime, o delegado afirmou: “As novas prisões não colidem com o principio da investigação”.
Em relação a possível transferência dos três vereadores para o presidio “Cebolão” na cidade de Serrinha, o delegado Henrique Morais confirmou que enviou um ofício ao juiz da Comarca de Capim Grosso solicitado o recambiamento dos detentos para outro presidio, mas que, até o momento, não recebeu nenhuma confirmação oficial sobre quando essa transferência irá acontecer.


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